Governos municipal e federal vão investir R$ 1 milhão nas reformas. Cidade tem casarões considerados históricos de até 200 anos.
A Diocese do Crato, no Sul do
Ceará, espera a permissão do Vaticano para iniciar o pedido de beatificação de
Benigna Cardoso da Silva, a menina considerada santa na região do Cariri. Para
iniciar o processo, os restos mortais da adolescente foram exumados na última
sexta-feira (27), lacrados em uma urna e serão levados para a matriz de Nossa
Senhora de Santana do Cariri, cidade onde nasceu Benigna.
Há dois anos, o monsenhor
Vitaliano Mattioli veio do Vaticano para o interior do Ceará, onde representa a
diocese do Crato como postulador da causa de beatificação da jovem Benigna
Cardoso que, de acordo com os relatos dos moradores de Santana do Cariri,
preferiu ser assassinada a “pecar”.
Postulador da beatificação,
Mattioli explica que o processo para reivindicar a beatificação ainda não
começou. “Nós devemos esperar a permissão da casa dos santos, da congregação
dos santos no Vaticano. O bispo já enviou a carta e agora
nós estamos esperando a resposta. esperamos que vá chegar em pouco tempo”. De
acordo com ele, quando a resposta chega positiva, é sinal de que o Vaticano não
houve nenhum problema para abrir o processo. “Nós, oficialmente, em uma grande
celebração, vamos abrir”, disse.
Mesmo aguardando a resposta do
Vaticano, um vasto material já está sendo catalogado para auxiliar no processo.
São fotografias, documentos escritos sobre Benigna Cardoso da Silva, assim como
artigos publicados em jornais e revistas. “Ela preferiu morrer, mas não pecar”,
alegou.
O trabalho do monsenhor está
concentrado na elaboração de uma biografia sobre Benigna. Obra que também será
importante no processo de beatificação da jovem. “Porque, evidentemente, os
funcionários do Vaticano não sabem, não conhecem”, disse.
Para isso, ele espera apresentar
a vida dessa pessoa, o trabalho que ela fez, como se comportou na vida. “No
caso de Benigna, é muito importante apresentar o martírio dela, para não pecar,
para ser fiel à lei de Deus”, disse.
Vittaliano Mattioli já publicou
17 livros sobre histórias da Espanha e da América, assim como questões
familiares. Foram publicadas em italiano e traduzidas para espanhol, inglês e
português. São quase 50 anos dedicados a ordens sacerdotais onde muitos
conhecimentos foram adquiridos por meio de leitura de obras clássicas e
contemporâneas.
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